Acordamos antes
das 3 horas pois marcamos a saída para às 4 horas no Posto BR. Como é de
costume, esperamos pela chegada do nosso mecânico Paulinho, o retardatário de
todas as edições, para, juntos fazermos a oração de agradecimento e começar a
pedalar.
Oração feita, fotos tiradas, abraços de
saudade espalhados pelos quatros cantos do posto, muita alegria entre todos, é
hora de partir.
Logo após a saída do posto, pedalamos um
pouco pela ciclovia e eis que nosso ilustre e querido Barnabé bateu numa placa de
sinalização. Até que ele tentou dizer que a placa mudou de lugar na hora em que
passava, mas não adiantou e então deu início a primeira resenha da viagem.
Entre uma subida e outra, e um amanhecer
espetacular na caatinga, chegamos em Bate Pé para o café da manhã após 36km.
Essa parada é essencial para que todos possam fazer sua primeira refeição ou
repor, pois a próxima parada com refeição é em Maetinga.
É em Bate Pé que conversamos sobre a subida
do gavião. Ela é assim denominada porque antes de começarmos a subir a temida
serra, nos reunimos a margem do Rio Gavião. Há aqueles que sobem os 18km
querendo ser o Rei da Montanha e aqueles que sobem superando seus próprios
limites. Como dizem nossos amigos: “aqui é onde separa homem de menino”.
Independente de quantas vezes cada um já
subiu a serra do gavião, é sempre um desafio diferente. Não são 18km de subida
sem nenhum “descanso”, mas consideramos um dos maiores desafios da viagem, uma
vez que subimos a serra por volta das 11 horas e exige muito preparo físico e
mental.
A recompensa da subida é o delicioso almoço
que é servido no km 90 em Maetinga. O famoso churrasco do Sr. Dezinho,
juntamente com o cortado de abóbora e feijão farofado de sua esposa, acabam com
a fome dos catingueiros. Após o almoço, descansamos no Mercado Municipal e logo
em seguida, saímos em direção a Jânio Quadros.
Normalmente a gente chega antes das 17 horas
em Jânio Quadros, que fica no km 117 da viagem. A hospedagem é no Hotel de Dona
Dalva, uma senhora incrível e que nos recebe com tanta alegria que mesmo
cansados, temos forças para retribuir com mesma intensidade o carinho que ela
nos proporciona.
Após a chegada, cada um vai para o seu quarto
tomar banho e volta mais tarde para o delicioso jantar que Dona Dalva prepara.
Depois do jantar é hora de ir descansar porque no dia seguinte tem mais.
Diário escrito por Sabrina Ribeiro.